06 agosto 2009

Cansa esperar pelo atendimento




Na tarde de ontem, passei como todas as pessoas que procuram uma resposta para os sintomas que aparentam. Inicialmente fui num posto de saúde no Abraão e disseram ser melhor ir num local particular por ter mais chances de ser atendido com rapidez. Foi quando senti no olhar certa preocupação da funcionária que me atendeu. No local particular que busquei, por volta das 14h45min, para a minha surpresa, não era o único preocupado. Dezenas de pessoas de todas as idades na espera.

Na porta da entrada uma cena chamou a atenção. Uma senhora com respeitosos cabelos brancos voavam presos pelo laço da máscara. Seu cansaço era visível e comovia. Muitos desistiram vencidos pela exaustão. Outros se acomodavam no banco e dormiam. Uns com máscaras e outros sem. As tosses continuas rompiam o silencio.

Outra mulher com idade mais avançada aparentava indignação. Chegou às 14 horas e por volta das 16 ainda existiam 16 na sua frente. Discussão surgia com a desagradável espera. Uma vovó de bengala chega apoiada pelo neto e senta ao lado de uma criança que aguarda a mãe ser atendida. No banco de trás um mecânico explica para o colega como trabalhar em uma peça de um carro na oficina enquanto ele aguarda o atendimento. Chega à informação de ter apenas dois médicos para atender um batalhão de pacientes. O ar circula apenas na porta da entrada. A leitura encerra e o filme também.

Finalmente a senhora da entrada é atendida. Começa o discurso do presidente do Senado, José Sarney. Me brinda....Passo o tempo escrevendo poesias e chega a minha vez às 18h45min. Vamos ver no que vai dar...No fim da tarde de hoje dei uma passada pelo Hospital Universitário e a imagem não era diferente...

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